O regresso do serviço militar obrigatório está a ser discutido em alguns países europeus, como a Alemanha, a Croácia, a Roménia e os Países Baixos. Na República Checa até já foi proposta a reintrodução da medida.
A Europa tem 16 países com o serviço militar obrigatório, sendo alguns deles a Noruega, a Suécia, a Finlândia, a Letónia, a Suíça e a Grécia.
Na Dinamarca foi alargado, nos últimos meses, o recrutamento obrigatório às mulheres, sendo já obrigatório o serviço militar para homens com mais de 18 anos.
A medida está a ser ponderada e a ganhar mais defensores devido à invasão da Rússia à Ucrânia e o alargamento da NATO.
Num momento de crescente insegurança internacional, em que as Forças Armadas sofrem de carência aguda de efetivos, também Portugal começa a sondar essa hipótese.
A reintrodução da medida em Portugal
Num texto publicado na revista E, também o almirante Gouveia e Melo reforçou a reintrodução do serviço militar obrigatório em Portugal.
Na opinião do chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) “reequacionar o SMO ou outra variante mais adequada poderá ser uma medida necessária não só para equilibrar o rácio despesa/resultados, mas também para gerar uma maior disponibilidade da população para a Defesa”.
A Gouveia e Melo juntou-se o chefe do Estado-Maior do Exército (CEME), general Eduardo Ferrão, que em entrevista ao Expresso entende que “uma reintrodução do SMO justifica-se ser estudada e avaliada sob várias perspetivas”.
Na opinião do general, “a passagem pelas fileiras equivale à frequência de uma escola de cidadania”, contribuindo “para o desenvolvimento de uma cultura de Defesa Nacional” e de “sensibilização dos jovens” para estas áreas.