O presidente do PSD/Açores e líder da coligação PSD/CDS/PPM, José Manuel Bolieiro, transmitiu esta segunda-feira ao representante da República para a região que pretende formar um Governo de maioria relativa e afastou a possibilidade de acordos com outros partidos.
"Eu fui claro e objetivo nesta audição: assumiria uma governação de maioria relativa, liderando a coligação PSD/CDS/PPM e mais do que isso não foi dito, porque verdadeiramente não admito outra solução que não esta, razão pela qual assumi na noite eleitoral este compromisso de lealdade no quadro da coligação, que foi submetida a eleições e ganhou as eleições legislativas regionais", afirmou, em declarações aos jornalistas.
José Manuel Bolieiro falava, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, à saída de uma audição com o representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Catarino.
A coligação PSD/CDS/PPM venceu as eleições regionais, no dia 4 de fevereiro, com 43,56% dos votos, mas elegeu 26 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa, precisando de mais três para ter maioria absoluta.
José Manuel Bolieiro garantiu que a coligação entre PSD, CDS-PP e PPM está "coesa" e que não houve negociações com o Chega.
Questionado sobre se preferia que o Programa do Governo fosse votado antes ou depois de 10 de março, data das eleições legislativas nacionais, o dirigente social-democrata disse apenas que verá "o que o calendário determina".
Quanto à distribuição de pastas pelos três partidos da coligação, num futuro governo, Bolieiro disse que a decisão será sua e que só será anunciada quando entender, mas garantiu lealdade para com os parceiros.
"Eu sou uma pessoa leal com os compromissos, comprometido com a vontade do povo. Este projeto político não serve o interesse partidário de nenhum dos três partidos, serve a missão democrática e autonómica de servir os Açores e os açorianos numa governação pela estabilidade", vincou.
O representante da República dos Açores deverá indigitar o novo presidente do Governo Regional na terça-feira, depois de ouvir todos os partidos com representação parlamentar na região.
Com LUSA