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"Quem está no poder não serve as pessoas": agricultores de Mogadouro juntam-se aos protestos

O objetivo destes manifestantes é percorrer, em marcha lenta, as ruas de Mogadouro e o IC5. A estes juntam-se agricultores de Miranda do Douro, de Freixo de Espada à Cinta e de outras localidades de Bragança.

SIC Notícias

João Faiões

Os agricultores portugueses saíram à rua em protesto contra “a falta de apoios” para o setor agrícola por parte do Governo. Em Mogadouro, no distrito de Bragança, dezenas de manifestantes preparam-se para iniciar uma marcha lenta, tal como conta o repórter da SIC, João Faiões.

O jornalista explica que Mogadouro é apenas um dos vários locais onde os agricultores do planalto mirandês se irão juntar ao longo da manhã desta quinta-feira.

Por volta das das 08:10 já 50 veículos, entre tratores e carrinhas, estavam estacionados no recinto onde habitualmente se realiza a feira de gado.

O objetivo destes manifestantes é percorrer, em marcha lenta, as ruas de Mogadouro e o IC5. A estes juntam-se agricultores de Miranda do Douro e de Freixo de Espada à Cinta.

“Quem cala consente”

Um dos manifestantes diz à SIC diz que marca presença na ação de protesto porque pretende mostrar o seu desagrado em relação ao estado “em que a sociedade está”, acrescentando que não é só o setor agrícola que atravessa dificuldades.

"Quem está no poder não serve as pessoas, quem está no poder serve os grandes grupos económicos, quem está no poder não tem iniciativa, quem está no poder acaba por ser um criado dos grandes grupos económicos. As pessoas têm de ter consciência que quem está no poder não serve os nossos interesses", acusa.

Esclarece que irá lutar por melhores condições para o setor, e não só, porque "quem cala consente".

Os agricultores estão esta quinta-feira na rua com os seus tratores, de norte a sul do país, reclamando a valorização do setor e condições justas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.

O protesto, uma iniciativa do Movimento Civil de Agricultores, decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).

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