País

Milhares de portugueses saem à rua para lutar por uma casa para viver

É o terceiro protesto pelo direito à habitação organizado pela Casa Para Viver, que quer marcar a campanha eleitoral para as legislativas antecipadas de 10 de março.

MIGUEL A. LOPES

SIC Notícias

Várias centenas de pessoas estão já concentradas, em Lisboa, para o protesto pelo direito à habitação, que quer pôr o tema no centro do debate para as eleições de 10 de março.

Pelas 15:20, 20 minutos após a hora marcada para o inicio do protesto convocado pela plataforma Casa Para Viver, a crescente mancha de pessoas ocupava o princípio da Avenida Almirante Reis, junto à Alameda Dom Afonso Henrique, onde se destacam faixas, cartazes e bandeiras das várias associações.

Numa espécie de ensaio geral antes de iniciarem a marcha que vai passar por várias ruas da capital, começa a ouvir-se o som dos tambores que vão marcar o ritmo da banda sonora, mas as palavras de ordem são guardadas para quando arrancarem.

Dali, a manifestação, em que são esperadas milhares de pessoas, segue em direção ao Arco da Rua Augusta, onde, além de intervenções dos organizadores, haverá também concertos de artistas como Catarina Branco, Jhon Douglas, Luca Argel e Luís Severo.

O protesto, organizado pelo coletivo de mais de 100 associações, repete-se hoje em, pelo menos, 19 cidades: Albufeira, Aveiro, Beja, Benavente, Braga, Coimbra, Covilhã, Évora, Faro, Funchal, Lagos, Leiria, Lisboa, Portalegre, Portimão, Porto, Setúbal, Sines e Viseu.

Milhares voltam a Santa Catarina para mostrar que "o Porto está na luta" pela habitação


Milhares de pessoas voltaram este sábado a percorrer a rua de Santa Catarina, no Porto, para mostrar que "o Porto está na luta" pela habitação, embora a manifestação de hoje tenha tido menos adesão do que a anterior, em setembro.

Palavras de ordem como "Abril exige casa para viver", "estamos fartos de escolher pagar a renda ou comer" ou "Governo, escuta, o Porto está na luta" foram das mais entoadas ao longo do percurso na rua de Santa Catarina, desde a Praça da Batalha até à rua de Fernandes Tomás.

A adesão à manifestação de hoje foi, porém, inferior à de 30 de setembro, em que a PSP estimou terem participado cerca de oito mil pessoas.

Desta vez, a mancha de ocupação da rua de Santa Catarina ficou a cerca de metade do observado há quatro meses, constatou a Lusa no local.

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