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PAN ameaça deixar cair Governo da Madeira se Albuquerque não sair

O PAN colocou uma condição para continuar a viabilizar o Governo da Madeira. Em comunicado, o partido que assinou um acordo de incidência parlamentar com a coligação PSD/CDS-PP Madeira, afirma que Miguel Albuquerque não tem condições para continuar no cargo.

SIC Notícias

A Comissão Política Regional do PAN Madeira fez saber, esta quinta-feira, que considera que Miguel Albuquerque, Presidente do Governo Regional, “não tem condições para continuar no cargo”. O partido diz que só continuará a viabilizar o Governo com uma condição: a saída e substituição de Miguel Albuquerque.

“O PAN Madeira se encontra disponível para continuar a viabilizar o acordo de incidência parlamentar com o PSD Madeira, caso seja indigitado, e aceite, um novo titular para o cargo de Presidente do Governo Regional da Madeira e estejam reunidas as condições para a estabilidade governativa na Região e para a continuação do cumprimento do acordo celebrado entre o PAN Madeira e o PSD Madeira”, lê-se num comunicado enviado às redações.

Em setembro, o PAN assinou um acordo de incidência parlamentar de quatro anos com a coligação PSD/CDS-PP na Madeira.

Miguel Albuquerque (PSD) foi constituído arguido na quarta-feira, após a Polícia Judiciária ter realizado cerca de 130 buscas domiciliárias e não domiciliárias na Madeira (Funchal, Câmara de Lobos, Machico e Ribeira Brava), na Grande Lisboa (Oeiras, Linda-a-Velha, Porto Salvo, Bucelas e Lisboa), em Braga, Porto, Paredes, Aguiar da Beira e Ponta Delgada (Açores), no âmbito de três inquéritos dirigidos pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

A residência de Miguel Albuquerque e a Quinta Vigia, sede da presidência do Governo Regional (PSD/CDS-PP), também foram alvo de buscas, no decurso de um processo em que o presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado (PSD), e dois gestores ligados ao grupo de construção AFA foram detidos.

Hoje, em declarações aos jornalistas à margem das Conferências Atlânticas, em Câmara de Lobos, Miguel Albuquerque recusou comparar o seu caso com o que motivou a demissão do primeiro-ministro socialista, António Costa, reiterando que não se demite.

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