A Polícia Judiciária está a realizar uma mega operação na Madeira. Os inspetores da PJ estão a fazer mais de 100 buscas à procura de provas que confirmem as suspeitas de corrupção que envolvem o líder do Governo Regional, o presidente da Câmara do Funchal e as ligações ao maior grupo empreiteiro da região. Para a editora de Política do Expresso, Eunice Lourenço, tudo aponta para "uma situação grave, tanto ou mais grave do que a operação Influencer, uma vez que envolve buscas ao próprio domicílio do chefe do Governo Regional".
Há também buscas a decorrerem nos Açores e em várias regiões do continente por suspeita de crimes de corrupção, participação económica em negócios, entre outros, avançou fonte ligada ao processo.
“Ainda sabemos relativamente pouco sobre isto, mas o que sabemos aponta para uma situação grave, tanto ou mais grave do que a operação Influencer, uma vez que envolve buscas ao próprio domicílio do chefe do Governo e não apenas às instituições. São crimes mais graves, são suspeitas aparentemente mais graves”.
Precisamos de saber mais, mas parece-me que estamos aqui perante um caso muito complicado para a posição de Miguel Albuquerque, que foi reeleito chefe do Governo regional há muito pouco tempo e também para aquele que seria um dia eventualmente o seu sucessor, que é Pedro Calado, o Presidente da Câmara do Funchal".
Eunice Lourenço sublinha que o PSD Madeira tem as duas principais figuras sob suspeita e está agora obrigado a reagir "tão rapidamente, quanto a própria Justiça também lhe permita".
Em período de pré-campanha eleitoral, haverá "uma espécie de contaminação da política regional para a política nacional. Os partidos nacionais hão de ter de tomar posição sobre aquilo que vier a acontecer na Madeira".