Em entrevista ao Geração 70 da SIC Notícias, Fernando Medina explica porque aceitou o convite para integrar as listas de Pedro Nuno Santos, que não apoiou nas eleições internas. Sobre o futuro no Governo, diz que é tempo de andar para a frente.
“Aceitei com gosto o convite do secretário-geral para integrar as listas, participarei na campanha e depois o futuro verá. O meu compromisso é de participação ativa e empenhada na campanha eleitoral e nas eleições, não mais do que isso.”
Questionado por Bernardo Ferrão se aceitaria caso Pedro Nuno Santos o convidasse para continuar como ministro das Finanças, Medina reforça: “Não mais do que isso. Tenho a minha ideia muito clara. A vida tem que andar para a frente.”
Na mesma entrevista, lembra que, apesar de estar nas listas de Pedro Nuno Santos, não passou a pensar como ele.
“Pedro Nuno Santos está a dar um excelente exemplo do que um líder de um grande partido como o PS deve fazer: unir as diferentes sensibilidades. (...) Ele desafiou-me, sabendo que não mudo o meu pensamento da noite para o dia.”
O elogio a Cavaco e a defesa de Montenegro
Depois do polémico artigo de Cavaco Silva, Fernando Medina reconhece energia para o combate do ex-Presidente da República. Medina lembra que Cavaco teve, sem dúvida, um papel importante no país.
“Foi dos políticos que mais tempo desempenhou funções, num momento muito desafiante do país. Fui muito crítico de muitas opções à época, umas mais injustas e outras mais justas, mas é óbvio que é um dos grandes atores do nosso país das últimas décadas.”
Fernando Medina sai ainda em defesa de Luís Montenegro e diz que o processo da casa do líder do PSD só serve para manchar o nome do candidato. Medina diz que o sistema devia deixar de admitir denúncias anónimas.
“É um sistema em que qualquer denúncia anónima despoleta uma abertura de um inquérito que é tornado público (...). Montenegro é um adversário político, mas que aqui defendo”, conclui.
Este episódio de Geração 70 para ouvir esta quarta-feira no site da SIC Notícias.
Geração 70
“Geração 70” é uma conversa solta com os protagonistas de hoje que nasceram na década de 70. A geração que está aos comandos do país ou a caminho. Aqui falamos de expectativas e frustrações. De sonhos concretizados e dos que se perderam.
Um retrato na primeira pessoa sobre a indelével passagem do tempo, uma viagem dos anos 70 até aos nossos dias conduzida por Bernardo Ferrão.