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Seca no Algarve: ministra admite decretar estado de calamidade

Em entrevista à Rádio Renascença, Maria do Céu Antunes diz que, se nada fosse feito, o Algarve ficava sem água para abastecimento público até ao verão. Para já, o Governo procura soluções "para o imediato", mas não descarta a hipótese de calamidade.

SIC Notícias

A ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, admite que a situação de seca no Algarve é grave e não afasta a hipótese de, no futuro, decretar o estado de calamidade pública.

Em entrevista à Rádio Renascença, Maria do Céu Antunes refere que, se nada fosse feito, o Algarve ficava sem água para abastecimento público até ao verão.

Questionada sobre uma medida "drástica", como a calamidade pública, garante: "Se isso trouxer água ou soluções para as pessoas, nós fá-lo-emos". No entanto, explica que o Governo está a tentar arranjar soluções "para o imediato".

É a pior seca de que há registo e vem-se agravando ao longo do tempo.

Seca no Algarve: agricultura terá de reduzir 25% em consumos

Chegou a falar-se em cortes de 70% no consumo agrícola, mas o Governo cedeu aos protestos do setor. Para mitigar os efeitos da seca, a agricultura vai ter de reduzir em 25% os consumos no Algarve, sendo que no sotavento esse valor sobe para 50%.

O consumo urbano e o turismo ficam pelos 15%.

As decisões foram anunciadas na quarta-feira no final da reunião interministerial da seca, que decorreu em Faro

As seis barragens do Algarve, por si só, já não têm água para assegurar o abastecimento da região até ao final do ano, mas as medidas deverão assegurar o consumo até ao próximo ano, com a reativação do aquífero da luz de Tavira.

A situação de seca severa vai obrigar a reabilitar furos municipais e o turismo apenas pode usar rega de sobrevivência.

Vai haver redução da pressão da água que chega a casa dos algarvios e a rega de jardins e enchimento de piscinas terão controlos mais apertados.

As medidas urgentes incluem apoios para os agricultores.

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