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Corte de 70% na água? Agricultores do Algarve estão contra medida "injusta"

É a situação mais critica dos últimos 20 anos. Só para consumo doméstico, as barragens estão com menos 24 milhões de metros cúbicos do que será preciso para as necessidades do ano todo. Todos concordam que vão ser precisas medidas de contingência, mas os agricultores rejeitam ser os mais prejudicados.

Conceição Ribeiro

Os agricultores algarvios rejeitam o corte de 70% no consumo de água que o governo se prepara para impor ao setor. Consideram a medida desproporcional e apontam a mira ao turismo e às autarquias.

É a situação mais critica dos últimos 20 anos. Só para consumo doméstico, as barragens estão com menos 24 milhões de metros cúbicos do que será preciso para as necessidades do ano todo.

Todos concordam que vão ser precisas medidas de contingência, mas os agricultores rejeitam ser os mais prejudicados. Dizem ser inadmissível que o setor tenha um corte de 70%, quando as autarquias não resolvem a perda de 30% da água do abastecimento público.

Um dia depois de uma reunião com mais de 100 agricultores, as várias associações do setor contestam o que dizem ser mão branda para os consumos urbanos e turísticos.

Os agricultores algarvios não anunciam, para já, que medidas equacionam vir a tomar, se o corte de 70% no acesso á água avançar, mas na véspera de serem anunciadas as medidas de combate à seca insistem que têm feito o trabalho de casa.

Os agricultores pedem a reativação imediata de alguns furos municipais como forma de aliviar a pressão nas barragens. Estão também a estudar opções de dessalinizadoras portáteis e querem ver mais golfes a aproveitar água das estações de tratamento para libertar água potável para a agricultura.

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