O Algarve prepara-se enfrentar as mais duras medidas de poupança de água devido à seca. A região só tem reservas para oito meses e está em negociação um plano drástico. Prevê um corte de 70% na água para rega e de 15% no abastecimento urbano.
O Governo negoceia por estes dias um plano de contingência que pode obrigar ao corte de 70% na rega da agricultura e de 15% no abastecimento urbano para que as reservas durem mais do que oito meses.
A chuva de outono quase não teve efeito. As barragens do Algarve estão a 25% da capacidade e os aquíferos, suposta fonte de recurso, a baixos níveis nunca antes registados.
Para estender as últimas gotas para lá do Verão, preferencialmente até ao final do ano, vai ser preciso fechar a torneira.
A Agência Portuguesa do Ambiente não confirma os valores de corte. Só deverá anunciá-los nos próximos dias
Com as medidas do plano de contingência em cima da mesa, estão também medidas de apoio à agricultura que poderá, face ao corte no abastecimento, enfrentar dois anos de produção zero na região.
Os municípios estão já a equacionar um cenário de redução generalizada da pressão da rede e a proibição de rega, não só de jardins públicos, como de privados também.