A partir de fevereiro, os professores contratados vão ter aumentos salariais e com retroativos a setembro. Os ajustes são feitos mais de dois anos depois de a Comissão Europeia ter aberto um procedimento contra Portugal.
A carreira pouco atrativa e os elevados preços na habitação fazem com que centenas de professores recusem as colocações e em muitos casos optem por seguir outras carreiras. Uma opção que a cada ano complica a tarefa de preencher a totalidade dos horários nas escolas.
No agrupamento de escolas D. João II, em Sintra, quatro meses depois do início das aulas faltam professores a pelo menos cinco disciplinas.
A larga maioria dos professores formados é do norte do país. Depois de conhecidas as colocações e de feitas as contas poucos querem ficar na região de Lisboa e Vale do Tejo.
Ordenados que no próximo mês vão sofrer alterações no caso dos professores contratados depois de uma longa reivindicação da classe e de um procedimento aberto pela Comissão Europeia há mais de dois anos. Até aqui os docentes contratados ganhavam sempre o mesmo independentemente do tempo de serviço.
Os ajustes vão acontecer um ano depois do anuncio da medida. O Governo criou três escalões de vencimento. A progressão para o escalão seguinte é feita a cada quatro anos de serviço e tendo em conta outros critérios como aulas assistidas ou formações.
No primeiro escalão o ordenado bruto ronda os 1660 euros. No segundo, com um aumento de 160 euros brutos o salário passa para os 1850 euros brutos. No terceiro e último com oito anos de serviço, o salário bruto será superior a 2016 euros brutos.
O setor reconhece que será um passo importante para valorizar a carreira docente. A medida vai abranger cerca de 20 mil professores.