O Comissão de Utentes em Defesa dos Serviços Públicos de Évora manifestou-se este sábado à porta do Hospital do Espírito Santo, contra o encerramento da urgência pediátrica e os constrangimentos nos restantes serviços. Os cidadãos exigem ao Governo respostas para melhorar o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A comissão de utentes exige ao governo respostas para os anseios dos profissionais de saúde e um investimento efetivo no serviço nacional de saúde para que os constrangimentos nos hospitais e centros de saúde deixem de ser a regra em que se tornaram, quando deviam ser apenas uma exceção.
"Num gesto simbólico, deixámos uma caixa a dizer que o presente que o Governo nos dá é um Natal sem urgências. Na realidade, a resposta às urgências existem, mas está condicionada", disse à agência Lusa, a porta-voz da comissão de utentes, Mónia Lopes.
A porta-voz apelou ao Governo para que este "responda aos profissionais de saúde e dê uma resposta à situação da saúde".
O presente foi colocado "no muro do hospital", "em frente às urgências", acompanhado por "um poema alusivo à época" natalícia e uma frase onde se pode ler "O presente do Governo é um Natal "sem urgências" em Évora", indicou.
"Esta questão não pode ser uma questão pontual, está a tornar-se num novo normal e não podemos aceitar esta situação e, por isso, num gesto simbólico, estamos a apelar à resposta às questões na saúde, que é urgente", considerou.
As urgências pediátricas do hospital estão encerradas este sábado e só funcionam, embora com limitações, a partir das 14h de dia 24.
Segundo o Hospital de Évora, o dia de Natal será um dia de funcionamento normal, mas os constrangimentos voltam a 26 de dezembro, com novo encerramento da urgência pediátrica.
De acordo com a responsável, a ação decorreu entre as 11:00 e as 11:30 deste sábado e contou com "um total de 20 participantes", entre elementos da comissão de utentes e população em geral.