País

Época festiva vai agravar (ainda mais) crise nas urgências hospitalares

As dificuldades nas urgências hospitalares vão aumentar durante o período de Natal e Ano Novo porque as escalas estão muito abaixo dos mínimos definidos pela Ordem dos Médicos.

Amanda Martins

Hugo Garrido

SIC Notícias

Este ano ficou marcado por longas negociações entre o Governo e médicos, mas também por graves constrangimentos nas urgências causada pela falta de profissionais.

Se as últimas semanas têm sido complicadas, a Federação Nacional dos Médicos acredita "que com a falta de médicos, a época festiva possa ser ainda mais condicionada por causa disso".

"Com os encerramentos e constrangimentos nos locais à volta têm um excesso de afluência de doentes. Portanto, estão abaixo dos mínimos naturalmente que com gripe, infeções respiratórias, esta situação é muitíssimo complicada", avisa Jorge Roque da Cunha, secretário geral do Sindicato Independente dos Médicos.

A Ordem dos Médicos atribui responsabilidade à tutela por não ter antecipado estas dificuldades.

Hospital Beatriz Ângelo, Loures

O tempo médio de espera para um doente muito urgente com pulseira laranja é de 16 horas. Segundo os dados divulgados no site do Serviço Nacional de Saúde (SNS), na urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, chegaram a estar mais de 40 pessoas a aguardar atendimento.

Em Loures, a urgência pediátrica está encerrada todas as noites desta semana e sábado durante o dia. A situação é idêntica noutros hospitais da grande Lisboa, também no São Francisco Xavier e no Garcia de Orta.

No total são 33 os serviços de urgência condicionados até sábado em todo o país.

Já esta sexta-feira o Ministério da Saúde anunciou que cerca de 190 centros de saúde vão funcionar na véspera e no dia de Natal em horário complementar, para dar resposta a situações não emergentes, visando diminuir a pressão nas urgências hospitalares.

Últimas