O acordo da Aliança Democrática permite o regresso do CDS ao Parlamento, revelou este sábado no Jornal da Noite o comentador SIC Luís Marques Mendes. O partido poderá eleger dois deputados e, com um resultado bom, mais dois.
O CDS corria o risco de, indo sozinho às eleições, não eleger nenhum deputado, como aconteceu nas últimas eleições. O cenário não se repetirá nas próximas legislativas, já que o acordo com o PSD dará, no mínimo, dois deputados ao partido. E se o resultado for bom, poderá eleger mais dois.
“É uma boa solução porque significa que o CDS vai regressar à Assembleia da República e isso é bom para a democracia. Goste-se ou não do CDS, é um partido fundador da democracia”, defende Marques Mendes.
Mas não é só o CDS a ganhar com este acordo. É que o sistema eleitoral “favorece de modo geral a concentração de votos”, explica o comentador SIC. Assim, o PSD tem também oportunidade de eleger mais deputados do que se concorresse em separado.
Luís Marques Mendes aponta ainda outro aspeto positivo desta coligação: é que há três candidatos independentes possíveis. São eles Miguel Guimarães, ex-bastonário dos médicos, Eduardo Oliveira Sousa, ex-presidente da Confederação dos Agricultores, e Alexandre Homem Cristo, especialista em educação.
Já do CDS, os nomes avançados pelo comentador SIC são Nuno Melo, Paulo Núncio, Nuno Magalhães, Isabel Galriça Neto e João Almeida.