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Nova geringonça? Depende das escolhas do PS sobre questões laborais, diz PCP

Em resposta às críticas de Passos Coelho a António Costa, o secretário-geral do PCP fala também de como os governos PSD/CDS e PS prejudicaram a vida dos trabalhadores.

Rita Rogado

O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, diz que a possibilidade de uma nova geringonça depende de uma aproximação de Pedro Nuno Santos, eleito líder do PS, sobre as questões laborais.

"O que ouvi das declarações de Pedro Nuno Santos, ainda durante a campanha eleitoral do Partido Socialista, foi que devíamos manter estabilidade na legislação laboral. O que significa estabilidade na legislação laboral? Hoje é uma boa oportunidade para clarificar os caminhos que cada um quer (...). As respostas que se derem hoje condicionam o que vai ser amanhã. Fecho já o acordo hoje se o Partido Socialista acompanhar as nossas propostas na Assembleia da República", afirma aos jornalistas.

O responsável do PCP encontrou-se esta quarta-feira de manhã com os trabalhadores da Matutano, no Carregado, em Alenquer.

O PCP apresenta esta quarta-feira no Parlamento quatro projetos de alteração da legislação laboral, nomeadamente em matéria de contratação coletiva, regulamentação do trabalho por turnos e valorização de quem trabalha por turnos e o fim dos cortes às horas extraordinárias "feitos pelo Governo PSD/CDS-PP que o Governo socialista não quis repor".

E os governos PSD/CDS e PS?

Em resposta às críticas de Passos Coelho a António Costa, o secretário-geral do PCP diz que tanto o PSD como o PS prejudicaram a vida dos trabalhadores.

"O Governo do PSD/CDS com Passos Coelho como primeiro-ministro cortou as horas extraordinárias para metade e o Governo do PS com António Costa como primeiro-ministro manteve esse problema. Portanto, posso fazer comentários sobre forma ou conteúdo, mas a prática é esta: o Governo de PSD/CDS cortou as horas para metade e o Governo do Partido Socialista não repôs esse corte", remata Paulo Raimundo.

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