Até 2030, a idade da reforma, em Portugal, deverá estar, praticamente, nos 67 anos e em 2050 nos 68. A projeção é da Comissão Europeia e baseia-se nos dados demográficos e macroeconómicos de longo prazo, que indicam que nas próximas décadas a esperança de vida na União Europeia possa aumentar quase oito anos.
Desde os anos 60 que a esperança de vida à nascença, na União Europeia aumentou 15 anos. E, de acordo com o Eurostat, no próximo meio século deverá subir mais quase oito.
Por outro lado, se na década de 60 as mulheres tinham em média mais de três filhos, a taxa é agora de 1,4.
É com base nos indicadores demográficos e macroeconómicos de longo prazo que a Comissão Europeia prevê ajustes inevitáveis no mercado de trabalho. De acordo com o Jornal de Negócios, no que toca a Portugal, a estimativa é de que até ao final desta década, a idade da reforma se aproxime dos 67 anos e que em 2050 seja aos 68 e um mês, acima da média europeia.
Taxa de fecundidade em Portugal é das mais baixas da Europa
Estas projeções de Bruxelas servem de base à análise da despesa com o envelhecimento. Apesar do saldo migratório ser positivo, a taxa de fecundidade previsível é das mais baixas da União Europeia. Estima-se que Portugal perca, em menos de 30 anos, 14% da população.
Se hoje por cada dez pessoas em idade inativa acima dos 65 anos, há 22 empregadas com menos de 64 anos, em 2070 serão 13.
Apesar do envelhecimento da população, nem todos os países da União Europeia se regem pela mesma política de agravamento progressivo da idade da reforma e das penalizações para a reforma antecipada. Na Polónia, República Checa, Croácia ou Eslováquia a saída do mercado de trabalho tem menos entraves. Espanha também adiou a aplicação do fator de sustentabilidade.