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Receitas eletrónicas de medicamentos para doentes crónicos estão a dar problemas

Há doentes obrigados a voltar aos centros de saúde, dosagens erradas e receitas com 500 embalagens. O ministro da Saúde já admitiu que o sistema precisa de ajustes.

Miguel Ângelo Marques

Cristina Freitas

As novas regras da prescrição de medicação crónica que permitem receitas com validade de um ano estão a complicar a vida a utentes, médicos e farmácias.

Esta sexta-feira, o ministro da Saúde admitiu que há ajustes a fazer no sistema informático, mas o projeto é para manter e acredita que irá mostrar ser uma melhoria do sistema.

As alterações à prescrição eletrónica de medicamentos foram introduzidas em agosto com uma previsão de três meses para adaptação das ferramentas informáticas. Assim, os doentes passavam a ter receitas com validade de um ano e as farmácias podiam dispensar as respetivas embalagens para cada dois meses.

O problema é que desde o final de outubro, quando entrou em vigor o processo, têm existido complicações para médicos, utentes e farmacêuticos.

Segundo o Jornal de Notícias, há receitas a sair com 500 embalagens. Os médicos queixam-se de posologias desfasadas das necessidades e os farmacêuticos têm de pedir aos utentes para voltar ao centro de saúde.

Refazer as receitas tem ocupado muito tempo aos médicos e dizem algumas associações e sindicatos que isso impede maior dedicação aos doentes.

As farmácias dizem que fazem o que podem para esclarecer os utentes, mas nalgumas situações não há alternativa a não ser ir pedir ao médico uma nova receita.

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