O ministro da Saúde afirmou esta quarta-feira que não considera o caso das gémeas diagnosticadas com Atrofia Muscular Espinal e que foram tratadas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, “um pedido de favores”. Manuel Pizarro defendeu que se trata “de um pedido normal de intervenção de um membro do Governo para assegurar que os direitos desses cidadãos são respeitados”.
“Eu não considero isto um pedido de favores”, sublinhou o governante, que não titulava a pasta da Saúde na altura em que as gémeas receberam o medicamento que custa quatro milhões de euros.
Em causa está um alegado pedido de favorecimento a Marcelo Rebelo de Sousa e ao Governo, que já tem feito correr muita tinta e levou tanto o Presidente da República, como o primeiro-ministro a prestar esclarecimentos públicos sobre o caso, sobre o qual já foi aberta uma investigação por parte da Procuradoria-Geral da República e ainda um inquérito interno pelo próprio hospital.
Manuel Pizarro destacou ainda que “a decisão clínica tem de prevalecer num serviço de saúde e tem absoluta prioridade, sobre todos os pontos de vista”, rejeitando a ideia de pressões políticas, “que seria mesmo inaceitável”.