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PSD "não é confiável" para defender sistema de pensões, avisa Pedro Nuno

Para o candidato à liderança do PS Pedro Nuno Santos, continuam a faltar explicações por parte do líder do PSD sobre a proposta para aumentar o complemento solidário para idosos.

SIC Notícias

O candidato à liderança do PS Pedro Nuno Santos considerou esta terça-feira que o PSD não é confiável para defender um sistema público de pensões, voltando a criticar as últimas declarações do líder social-democrata sobre a matéria.

"Eles não são confiáveis para defender um sistema público de pensões em que não acreditam, e isso faz toda a diferença. Não tem que ver com o programa de ajustamento, mas sim com uma determinada conceção da sociedade, do papel do Estado e do sistema público de pensões", concretizou Pedro Nuno Santos.

Para Pedro Nuno Santos, continuam a faltar explicações por parte do líder do PSD sobre esta proposta.

"É importante que quem faz uma promessa" a apresentar às eleições consiga também apresentar as contas subjacentes para que se possa discutir "com seriedade" a questão, disse.

"Continuamos sem esclarecimentos por parte do PSD. O líder do PSD tinha prometido que ia apresentar as contas ao detalhe e é fundamental que as apresente rápido porque foi isso que foi anunciado no congresso", criticou Pedro Nuno Santos, argumentando que os sociais-democratas estão a demorar a explicar a proposta.

"À medida que o tempo vai passando nós vamos ficando com cada vez mais dúvidas sobre o universo de beneficiários e sobre o custo da medida. E daquilo que se percebe - e que está relacionado com o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) para 820 euros - nós estaremos a falar de mais de 500 milhões de euros por ano face à despesa que já temos com o CSI", afirmou.

Por outro lado, o ex-ministro das Infraestruturas considerou que, historicamente, o PSD "não tem a mesma adesão ao sistema de pensões" que o PS, recordando que, "ao longo dos anos", a direita e particularmente o PSD apresentaram propostas de privatização do sistema de pensões.

O que está em causa?

A referência do complemento solidário para idosos está nos 488 euros e é esse o valor que Luís Montenegro promete aumentar para 820 euros, mas em 2028.

Para quem tiver direito ao complemento, um subsidio com acesso apertado, conhecido por condição de recursos, que abrange atualmente apenas 135 mil pensionistas, no Orçamento do Estado de 2024.

Já está previsto que suba dos atuais 488 para 550 euros, e se esse ritmo, se mantivesse, chegaria aos 865 euros em 2028, mais 45 euros do que a promessa de Montenegro.

Com LUSA

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