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Montenegro ataca Pedro Nuno: "Deus nos livre de ter um radical à frente do Governo"

Afirmou que: "Este PSD é uma casa segura para os não socialistas, mas é também uma casa segura para os que não se reveem neste novo gonçalvismo travestido de geringonça".

SIC Notícias

Em discurso no 41.º Congresso Nacional do PSD, o líder do partido atacou o candidato do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, defendendo “Deus nos livre" de ter “um radical” e “imaturidade à frente do Governo”, tecendo ainda críticas à geringonça dos partidos à esquerda que comandou o país de 2015 a 2019.

Luís Montenegro centrou o arranque da primeira intervenção perante o 41.º Congresso em ataques aos candidatos à liderança do PS, em especial a Pedro Nuno Santos, recordando alguns dos episódios que envolveram o dirigente socialista e antigo ministros das Infraestruturas.

Afirmou que: "Este PSD é uma casa segura para os não socialistas, mas é também uma casa segura para os que não se reveem neste novo gonçalvismo travestido de geringonça".

Deus nos livre de termos uma nova geringonça para levar Portugal ainda mais para a cauda da Europa”, defendeu Luís Montenegro.

O presidente do PSD apelou este sábado ao voto dos socialistas moderados no seu partido, que classificou de "casa segura" e "porto de abrigo", dizendo que não foram os sociais-democratas que se abriram aos extremismos.

Localização do aeroporto

Montenegro apelou aos portugueses que "acreditam que a dívida tem de se pagar", que acreditam que a TAP pode ser gerida por privados sem ser "sorvedouro de dinheiros públicos" e também aos que acreditam que a localização do novo aeroporto não pode ser decidida "por capricho".

“A decisão de localização de um novo aeroporto não é um capricho de uma pessoa que acordou numa manhã e de forma alucinante e disse ao espelho ‘espelho, meu espelho meu, quem é que decide um aeroporto mais rápido do que eu’ ”, acrescentou.

Ligações com o Chega ou geringonça 3.0?

Na sua intervenção, o presidente do PSD fez apenas uma breve referência ao Chega, mas sempre com a tónica nas críticas ao PS.

"Dizem eles que sou eu que vou abrir a porta ao extremismo e radicalismo. Não, não sou eu que vai abrir essa porta, foram eles que o fizeram e não fizeram outra coisa nos últimos oito anos", disse.

Montenegro considerou que os portugueses já estão "cada vez mais esclarecidos" sobre a relação quer do PSD quer do PS com o Chega.

"Cada vez mais sabem que o romance entre o PS e o Chega segue aquela máxima: quanto mais se batem mais gostam um do outro", criticou.

Na sua intervenção, Luís Montenegro até comparou o estilo de Pedro Nuno Santos com o de José Sócrates e considerou que, vença ele ou José Luís Carneiro as eleições diretas, o futuro líder do PS será "um governante da velha geringonça".

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