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Discurso de Montenegro marcado por ataques a Pedro Nuno Santos

No discurso de abertura do Congresso do PSD, Luís Montenegro apelou ao voto dos socialistas moderados no seu partido, que classificou de "casa segura" e "porto de abrigo", dizendo que não foram os sociais-democratas que se abriram aos extremismos.

SIC Notícias

Luís Montenegro diz que Portugal não pode ter um radical no Governo como Pedro Nuno Santos. No primeiro discurso do Congresso do PSD, o líder defendeu ainda que o partido representa a moderação necessária para o país.

"Nem de propósito realizamos este congresso neste 25 de novembro, quando o país vai ter novamente a oportunidade de dizer não ao 'gonçalvismo', hoje adornado numa versão moderna que se batizou como geringonça", afirmou.

Na intervenção de abertura do 41.º Congresso, em Almada, o líder social-democrata associou Pedro Nuno Santos - candidato à liderança do PS, e que, se vencer as eleições internas socialistas liderará o partido nas legislativas de março - ao antigo primeiro-ministro Vasco Gonçalves, próximo do PCP, e chefe dos II, III, IV e V Governos Provisórios.

A nacionalização da banca e dos seguros, a par da aceleração da Reforma Agrária, foram decisões emblemáticas do chamado "gonçalvismo", ainda hoje associado, para as forças de direita, à extrema-esquerda.

Disse Montenegro que o "mais fanático defensor" do "gonçalvismo" se chama "camarada Pedro e tem uma Cinderela chamada camarada Mortágua".

"Os princípios são os mesmos: nacionalizações, ocupação do aparelho do estado, baixos salários para todos, subsidiodependência, intolerância política, arrogância, degradação institucional e um novo desígnio socialista, bloquista e comunista, impostos máximos e serviços públicos mínimos", elencou.

Na sua primeira intervenção perante o congresso, o presidente do PSD indicou que a data e o local desta reunião magna social-democrata "não foram indiferentes", constituindo uma "oportunidade para lembrar aos portugueses que a liberdade nunca é um valor garantido em termos definitivos.

"A liberdade constrói-se e garante-se na base da moderação, tolerância e responsabilidade. Os extremismos, o radicalismo, a imaturidade, sejam de esquerda ou de direita subvertem a escolha livre e a plenitude dos valores democráticos", salientou.

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