Esta quinta-feira, a procuradora-geral da República, Lucília Gago, quebrou pela primeira vez o silêncio sobre a polémica “Operação Influencer” e revelou que não se sente responsável pelas demissões que este processo originou.
Para Ricardo Costa, da SIC, a frase proferida pela PGR é um “pouca sonsa”, porque se o caso não avançar para os tribunais, o que “ficará na memória será a demissão de um primeiro-ministro e a queda do Governo”.
“Esta frase da procuradora-geral da República é um bocado sonsa. Se o caso não avançar para tribunal, temos um problema: caiu um Governo. E é obvio, que daqui a uns anos, vai ficar nos livros de História que um primeiro-ministro demitiu-se e caiu um Governo”, afirmou, na antena da SIC Notícias.
Para Bernardo Ferrão, da SIC, apesar de não ter sido responsável pela queda do Governo, Lucília Gago devia ter lamentado os três erros que surgiram desde o início deste processo.
"Lucília Gago fez bem em falar. Em esclarecer a história do parágrafo, ficou claríssimo que teve a supervisão da procuradora-geral. Na intervenção que ela faz, acho que peca por alguns defeitos. De facto, ela não é responsável pela queda do Governo, mas a investigação levou a essa consequência. Mas podia ter lamentado os três erros que já surgiram", defendeu.
Segundo Rita Dinis, do Expresso, as declarações da procuradora-geral da República não vieram acrescentar muito ao que já se sabia, porque as principais decisões foram tomadas por António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa.
"Lucília Gago não se sente responsável pela queda do primeiro-ministro, eu não podia dizer outra coisa, porque foi uma decisão individual de António Costa. Estas declarações da procuradora-geral da República não vieram esclarecer muito o que já se sabia", atirou.