A Start Campus, que foi constituída arguida na Operação Influencer, disse esta segunda-feira que havia "equívocos" sobre o impacto ambiental do centro de dados de Sines que ameaçam a “continuidade de projeto chave”.
Na nota, a empresa, agora liderada por Robert Dunn, na sequência da renúncia de Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, também constituídos arguidos, indicou que “reafirma compromisso ambiental e garante que espécies protegidas não estão em risco”.
Para a empresa existem "equívocos sobre impacto ambiental do centro de dados da Start Campus" que ameaçam a "continuidade de projeto-chave".
"A construção do projeto Sines 4.0, um centro de dados 'hyperscaler' desenvolvido pela Start Campus, e que irá contribuir para um forte desenvolvimento da economia local e nacional, está a estabelecer novos padrões de responsabilidade ambiental e de criação de ecossistemas verdes".
"Localizado na Zona Industrial de Sines, no local de um aeródromo desativado, entre uma linha ferroviária e uma central elétrica a carvão, o trabalho de construção no primeiro edifício do projeto de 3,5 mil milhões de euros está perto de ser concluído, será alimentado a energia renovável e criará quase 10.000 novos empregos", garantiu ainda.
A empresa destacou que este primeiro edifício, conhecido como "NEST" está "situado inteiramente fora da Rede Natura, que protege habitats de flora e fauna", acrescentando que "esta fase da construção não está sujeita a uma avaliação de impacto ambiental (AIA) pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA)", tendo esta entidade, no entanto, adicionado "uma condição ao projeto, exigindo que a Start Campus protegesse as plantas 'Erica cirialis' e 'Erica erigena' ao redor do local".
A Start Campus garantiu que cumpriu com esta exigência, "em estreita colaboração com especialistas no habitat local sobre como proteger as plantas".Na mesma nota, a empresa indicou que "a construção do NEST está quase completa - a expectativa é que o mesmo esteja totalmente operacional em março de 2024", destacando que além deste edifício, "nenhuma outra construção foi feita" e que "as subsequentes fases planeadas estão dentro da Rede Natura, e encontram-se em fase de desenho e licenciamento".
"A Start Campus está a trabalhar em estreita colaboração com as autoridades relevantes para garantir que cumpre todos os requisitos para o respeito da Rede Natura antes que qualquer trabalho seja iniciado", destacou.
"Entendemos as preocupações em torno do desenvolvimento do nosso primeiro edifício; estamos a fazer tudo o que podemos para provar que a Start Campus está a fazer o que está certo, em todos os momentos", disse Robert Dunn, presidente executivo (CEO) da empresa, no comunicado.
Com Lusa