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Médicos querem retomar negociações com o Governo

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) acusa o Ministério da Saúde de desprezo e falta de responsabilidade perante os profissionais de saúde e os utentes.

SIC Notícias

Os médicos cumprem esta quarta-feira o segundo e último dia greve, convocada pela FNAM, em defesa de "salários justos e condições de trabalho dignas para todos os médicos no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

A presidente da FNAM, Joana Bordalo e Sá, exigiu esta quarta-feira que as negociações com o Governo sejam retomadas.

"O que esta greve demonstra é que efetivamente os médicos estão a lutara por um Serviço Nacional de Saúde. Estão a lutar pelos utentes e pelos doentes", adiantou em declarações à SIC Notícias.

A FNAM considera que o Governo tem a obrigação de chegar a acordo com os médicos sobre "uma atualização salarial, transversal, para todos os médicos, para que deixem de ser dos médicos mais mal pagos da Europa, e para que melhorem as suas condições de trabalho, sem perda de direitos que coloquem médicos e doentes em risco", conforme reiterou em comunicado divulgado na véspera da greve.

As negociações entre o Ministério da Saúde e os sindicatos iniciaram-se em 2022, mas a falta de acordo tem agudizado a luta da classe, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.

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