Algumas dezenas de médicos juntaram-se esta terça-feira, no Porto, no primeiro de dois dias de greve convocada pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam), para exigir ao Governo que desbloqueie as negociações e salve o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"O público é de todos, o privado é só de alguns" e "A saúde é um direito, sem ela nada feito" são algumas das frases entoadas junto à entrada do Hospital de São João, no Porto, por médicos que se dizem "fartos de esperar por um acordo que os respeite e respeite os utentes".
A greve é acompanhada por manifestações e a Federação Nacional dos Médicos convidou a população a juntar-se aos protestos em Lisboa, no Porto e em Coimbra, em defesa do SNS.
As negociações entre o Ministério da Saúde e os sindicatos iniciaram-se em 2022, mas a falta de acordo tem agudizado a luta da classe, com greves e declarações de escusa ao trabalho extraordinário além das 150 horas anuais obrigatórias, o que tem provocado constrangimentos e fecho de serviços de urgência em hospitais de todo o país.