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Afinal, de onde vêm os 75.800 euros? As explicações de Vítor Escária

Escondidos em envelopes, livros e numa caixa de vinho no escritório do ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro estavam 75.800 euros. O cenário foi ingrediente suficiente para apimentar as suspeitas que já caíam sobre Vítor Escária.

Ana Peneda Moreira

O antigo chefe de Gabinete de António Costa terá admitido perante o juiz de instrução criminal que ainda não declarou ao fisco os 75.800 euros que tinha no escritório. Dinheiro que diz ter recebido de trabalhos feitos em Angola.

Escondidos em envelopes, livros e numa caixa de vinho no escritório do ex-chefe de gabinete do primeiro-ministro estavam 75.800 euros.

O cenário foi ingrediente suficiente para apimentar as suspeitas que já caíam sobre Vítor Escária, indiciado pelo Ministério Público de receber as chamadas luvas em troca de influência ao mais alto nível.

Mas quando entrou, algemado, para ser ouvido pelo juiz de Instrução Criminal, jurou a pés juntos que a verba era dinheiro legal, pago por trabalhos feitos em terras angolanas.

O que fazia Escária em Angola?

Vítor Escária esteve em Angola pela última vez em 2019. Deu aulas e fez trabalhos de consultoria. Em agosto de 2020 entrou para o Governo e diz que, só depois dessa data, recebeu o valor devido pelas funções que desempenhou.

Vítor Escária estava há três anos como chefe de gabinete. Não se sabe, contudo, há quanto tempo mantinha o dinheiro nas prateleiras da residência oficial do primeiro-ministro.

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