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"Ou haverá geringonça [de direita ou esquerda] ou eleições de seis em seis meses"

O comentador SIC, Paulo Baldaia, analisa o futuro do Partido Socialista, que garante que passará por Pedro Nuno Santos. No reconhecimento dos seus erros, o candidato a secretário-geral parte em vantagem e une o partido.

Paulo Baldaia

Paulo Baldaia, comentador da SIC, analisa a posição do provável futuro secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, e refere que os socialistas estão unidos, sendo forçados a abandonar a ala “costista”, pelo menos por agora.

“Está criada uma dinâmica de vitória para Pedro Nuno Santos, que já vinha de trás. Fez caminho e chegámos a este ponto, que foi antes do que Pedro Nuno Santos esperaria pela demissão do primeiro-ministro. Estava preparado, só teve de por a máquina a funcionar e ela estava muito bem oleada, José Luís Carneiro parte muito atrás, consegue ir buscar a ala mais moderada e centro, onde estão muitos apoiantes de Costa, mas ninguém vai buscar “costismo” como força da sua candidatura”, refere Paulo Baldaia.

O comentador SIC relembra que António Costa, primeiro-ministro demissionário foi preparando vários candidatos para a sua sucessão, “quando chegasse o momento”, como o “arquirrival de Pedro Nuno Santos”, Fernando Medina.

No entanto, o jornalista refere que as circunstância não aconselham que “essa ala vá a jogo, estão fora”.

A respeito do seu discurso de apresentação de candidatura, Paulo Baldaia diz que Pedro Nuno Santos reconheceu os seus erros, sem opção, e fez dê-os uma força.

“O que joga contra ele também joga a favor, os erros que cometeu, ele percebe que tem de reconhecer esses erros e pode tirar proveito. Quem está inativo não comete erros, e o que Pedro Nuno Santos procurou fazer foi aproveitar para demonstrar que só erra quem faz”, analisa.

Paulo Baldaia acrescenta, também, que será impossível o debate das próximas legislativas não ser ideológico, tendo em conta a inclinação de Pedro Nuno Santos. O comentador SIC aponta que as sondagens dão maioria à direita e, por isso, “ou haverá geringonça ou eleições de seis em seis meses”.


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