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Pedro Nuno Santos oficializa candidatura à liderança do PS

O anúncio será feito na sede nacional do PS. O ex-ministro tem sido apontado como um dos prováveis sucessores de António Costa no cargo de secretário-geral do PS, posicionando-se na ala esquerda do partido.

MIGUEL A. LOPES

Lusa

O deputado e ex-ministro Pedro Nuno Santos apresenta esta segunda-feira a sua candidatura ao cargo de secretário-geral do PS, pelas 18:00, na sede nacional do partido, em Lisboa.

Pedro Nuno Santos, antigo ministro das Infraestruturas e Habitação e ex-secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, tem sido apontado nos últimos anos como um dos prováveis sucessores de António Costa no cargo de secretário-geral do PS, posicionando-se na ala esquerda do partido.

Além do deputado eleito por Aveiro, também o ministro da Administração Interna e ex-secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, é candidato à liderança dos socialistas, associado à ala moderada.

Em julho, Pedro Nuno Santos regressou à Assembleia da República para assumir o lugar de deputado pelo círculo de Aveiro na bancada socialista, seis meses depois de se ter demitido do Governo para "assumir a responsabilidade política" do caso da indemnização de 500 mil euros paga pela TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis para deixar a companhia aérea.

Além deste caso, o ex-ministro esteve diretamente envolvido noutra polémica quando, em junho do ano passado, publicou uma portaria sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa sem conhecimento prévio do primeiro-ministro e em contradição direta com a garantia por este deixada de que a escolha por parte do Estado seria feita através de um processo consensualizado com o PSD.

O percurso de Pedro Nuno Santos até ao Governo

Licenciado em Economia, Pedro Nuno Santos foi secretário-geral da Juventude Socialista (JS) entre 2004 e 2008, sob a liderança de José Sócrates no PS, é deputado desde 2005, e foi apoiante e depois opositor do ex-líder António José Seguro.

Foi também secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares logo no primeiro Governo de António Costa, a denominada "geringonça", período em que um Executivo minoritário do PS contou com uma solução inédita de suporte parlamentar de PCP, BE e PEV, entre 2015 e 2021.

Pedro Nuno Santos começou a posicionar-se como potencial candidato à sucessão de António Costa há cinco anos, no congresso de 2018.

As eleições diretas para a sucessão de António Costa no PS estão marcadas para 15 e 16 de dezembro -- em simultâneo com a eleição de delegados -- e o congresso está previsto para 6 e 7 de janeiro.

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sequência da demissão do primeiro-ministro, no passado dia 7 de novembro.

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