País

Impasse entre médicos e Governo com mais uma reunião à porta

O impasse nas negociações transformou a recusa em fazer horas extraordinárias numa ferramenta de luta dos clínicos, mas quem escuta a classe tende a acreditar que são muitos os que querem vida para lá das negociações.

Ana Peneda Moreira

Há um grito de revolta entre os médicos que pode ser um ponto sem retorno. Além das 40 horas de trabalho por semana, estão obrigados a fazer mais 150 horas extraordinárias por ano, mas a realidade mostra que são muitos os que fazem dezenas de horas extra para lá daquelas previstas na lei.

O impasse nas negociações transformou a recusa em fazer horas extraordinárias numa ferramenta de luta, mas quem escuta a classe tende a acreditar que são muitos os que querem vida para lá das negociações. Isto é, há profissionais que se negam como forma de luta, mas outros não querem de todo ultrapassar as 150 horas por questões de pessoais.

Até lá, depois do novembro negro, antecipa-se que dezembro não será mais fácil. O Natal é época de férias e a gripe este ano ainda promete bater no pico.

Os problemas são imediatos, mas no desacordo da saúde há um consenso transversal. O problema do Serviço Nacional de Saúde é crónico e o tão desejado acordo entre médicos e Manuel Pizarro pode não passar de um penso rápido.

E é neste impasse, com várias tentativas de acordo falhadas, que os dois lados se preparam para mais uma reunião de negociação, que decorre já esta quarta-feira.

Últimas