Depois do Sindicato Nacional do Enfermeiros (SNE), também o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) anunciou uma convocatória de paralisação até final do ano. Nos próximos meses são esperados constrangimentos em diversas unidades hospitalares.
No hospital de S. João, no Porto os enfermeiros trabalham mais de 10 mil horas extraordinárias por mês.
No imediato, garante o sindicato que convoca a greve, o impacto será maior nas cirurgias marcadas através do programa de agendamento Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC).
“Os enfermeiros estão cansados. Há casos de burnout, as pessoas precisam de melhores condições de trabalho. Além disso, rever-se a grelha salarial: na última década os enfermeiros perdem mais de 30% do seu poder de compra”, defende o coordenador da região norte da SINDEPOR, Tiago Ramos.
Está a decorrer desde segunda-feira outra greve ao trabalho suplementar, que foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Enfermeiros. O objetivo desta paralisação é voltar à mesa das negociações com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro.
Nas contas feitas por outro Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), nos cinco hospitais da área metropolitana do Porto já forma feitas 450 mil horas extra desde o início do ano, pedindo agora o organismo a contratação de 276 profissionais.
O SEP vai convocar também uma greve nacional, ao turno da manhã e da tarde, para dia 10 de novembro.