País

Dezenas de manifestações de Norte a Sul pelo direito à habitação

Em algumas cidades, da parte da manhã. Noutras, à tarde. Este sábado, os portugueses saem à rua pelo direito à habitação e justiça climática. O movimento "Porta a Porta - Casa Para Todos" exige, entre outras medidas, a fixação do valor das rendas, a renovação dos contratos de arrendamento, a revogação da lei dos despejos e garantir que nenhuma família paga mais de 35% dos rendimentos líquidos mensais em habitação.

Horacio Villalobos

Rita Rogado

SIC Notícias

Este sábado, várias cidades do país recebem manifestações pelo direito à habitação e justiça climática. Os protestos "Casa para Viver" acontecem em várias ruas e praças de cidades como Lisboa, Porto, Braga, Guimarães, Viseu, Covilhã, Barreiro, Beja, Aveiro, Coimbra e Faro.

A organização defende que o acesso à habitação é uma "emergência nacional que exige soluções urgentes".

Em algumas cidades, os protestos acontecem de manhã, a partir das 10:00. É o caso do Barreiro, junto à Escola Secundária Santo André, de Beja, no Jardim do Bacalhau, de Évora, na Praça do Giraldo e de Portalegre, no Mercado Municipal. Em Tavira, acontece às 11:00, também no Mercado Municipal.

Noutras cidades, as manifestações acontecem da parte da tarde, a partir das 15:00.

Na capital, realiza-se da Alameda Afonso Henriques, na Alameda, ao Rossio, na baixa de Lisboa. Em Aveiro, é o Largo Jaime Magalhães que recebe a manifestação. Em Coimbra, é a Praça 8 de Maio, à mesma hora. Em Faro, no Algarve, realiza-se no Jardim Manuel Bivar. Em Viseu, acontece na Rua Formosa, junto à estátua de Aquilino Ribeiro.

Mas há mais cidades onde os portugueses vão sair às ruas, como em Guimarães (Toural), em Braga (Coreto da Avenida), na Covilhã (Largo da Câmara Municipal, no Pelourinho) ou Porto (Batalha).

As manifestações "Casa para viver" foram organizadas pelo "Porta a Porta - Casa Para Todos", outros movimentos como o "Habita", "Greve Climática Estudantil", "Movimento Referendo pela Habitação", "Climáximo", "Vida Justa" e "Chão das Lutas".

O movimento "Porta a Porta - Casa Para Todos" exige a fixação do valor das rendas e a renovação dos contratos de arrendamento, a revogação imediata da lei dos despejos, a fixação do spread máximo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), a garantia que nenhuma família paga mais de 35% dos rendimentos líquidos mentais em habitação, medidas para o alojamento de estudantes e o cumprimento da Constituição da República Portuguesa e a Lei de Bases da Habitação.

Milhares já saíram à rua para pedir um teto e quatro paredes

O prometido é cumprido: foi em festa, com barulho e união que, no dia 1 de abril, milhares de portugueses saíram à rua pelo direito à habitação. Da Alameda ao Martim Moniz, desfilou-se e dançou-se por “uma causa justa”.

A concentração de pessoas foi tímida, de início, com vários grupos e coletivos separados na Alameda, mas rapidamente ganhou força quando se juntaram para descer a Avenida Almirante Reis.

De miúdos a graúdos, ouvimos as dificuldades e apelos de quem só precisa de quatro paredes e um teto.

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