A greve de dois dias dos médicos do Norte termina esta quinta-feira. O maior impacto no segundo e último dia de paralisação no Hospital de Santo António, no Porto, deverá ser nas cirurgias de ambulatório: pelo menos 120 vão ser adiadas. Os médicos sentem-se penalizados e pedem uma revisão salarial. No primeiro dia, a adesão à greve rondou os 95%.
O segundo dia de greve dos médicos do Norte deverá afetar, sobretudo, o bloco operatório. Só no Hospital de Santo António, no Porto, vão ser adiadas 120 cirurgias em ambulatório, adianta o Sindicato Independente dos Médicos (SIM). Já no bloco operatório central está a funcionar apenas o bloco de urgência.
Helena Ramalho, do SIM, avança, à SIC Notícias, que se prevê uma "adesão quase total" dos anestesistas.
"Será uma expressão inédita e gritante", afirma.
A responsável diz que a greve desta quinta-feira deverá ser "parecida" à do dia anterior, lembrando que no primeiro dia, em Gaia, "todas as salas operatórias" foram encerradas e que o Hospital de Braga esteve a funcionar apenas com uma sala.
A paralisação foi convocada SIM, que promete continuar a manifestar-se se não for ouvido, para exigir ao Governo a revisão da grelha salarial. A organização sindical considera que os médicos são uma classe profissional essencial, mas a mais penalizada.
No primeiro dia, a adesão rondou os 95%. Vários centros hospitalares tiveram que encerrar blocos operatórios.
A greve de 48 horas, que termina esta quinta-feira, é a segunda num mês e abrange hospitais e centros de saúde do Norte do país. Os médicos estão paralisados desde as 00:00 de quarta-feira até às 24:00 de quinta.