Os médicos cumprem esta quinta-feira o segundo dia de greve. A paralisação acontece em vários hospitais e centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo.
A greve foi convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que continua a pressionar o Governo para que sejam dadas melhores condições aos profissionais de saúde, para que permaneçam no serviço nacional de saúde.
Uma das principais exigências dos médicos é a alteração da grelha salarial. Sindicato e Governo ainda não chegaram a acordo sobre a nova tabela de remuneração.
Jorge Roque da Cunha, presidente do SIM, sublinha que a greve tem como objetivo “ver se é robustecido o investimento em pessoas” e em “sistemas informáticos e equipamento”.
“Se nada for feito, se o doutor Medina e o doutor Costa continuarem deslumbrados com as alcatifas de Bruxelas e as palmadinhas nas costas que lá recebem, nós vamos passar um problema gravíssimo. Não os médicos – os médicos de alguma maneira – mas os portugueses”, afirma.
Por outro lado, o ministro das Finanças, Fernando Medina, rejeita ser responsável por este braço de ferro entre médicos e o Governo. Medina sublinha que a posição do Governo é coletiva.
“É uma posição coletiva, quer seja na Saúde, quer seja noutras áreas. Não se trata de decisão individual do ministro A e do ministro B. É fácil tentar apontar um dedo a alguém em particular”, garante o ministro.