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Atrasos nas juntas médicas: doentes com cancro e com deficiência são os principais afetados

Os números mais recentes da Direção-Geral da Saúde são de março deste ano e apontam que no final do terceiro trimestre havia 80.000 portugueses à espera de uma junta médica.

SIC Notícias

A Direção-Geral da Saúde reconhece que há milhares de portugueses que esperaram anos por juntas médicas para confirmarem casos de incapacidade grave e prolongada. A situação atinge, sobretudo, os portadores de deficiência e os doentes oncológicos. O diretor-geral interino, André Peralta Santos, esteve, durante a manhã desta quarta-feira, no Parlamento, onde reconheceu que a situação ficou ainda mais grave com a pandemia.

Os números mais recentes da Direção-Geral da Saúde são de março deste ano e apontam que no final do terceiro trimestre havia 80.000 portugueses à espera de uma junta médica.

Ou seja, 80.000 portugueses com incapacidade grave e prolongada, acima de 60%, à espera de um atestado que lhes permita ter benefícios fiscais, sociais e económicos.

Depois de março não há dados, mas a situação agravou-se com a pandemia, garante André Peralta Santos.

Campanha de vacinação arranca no final do mês

O diretor-geral interino está mais otimista com a campanha de vacinação contra a gripe e a covid-19, que começa no final deste mês. As vacinas gratuitas vão estar disponíveis nas farmácias para os grupos mais vulneráveis e para quem tem mais de 60 anos. Quanto ao resto da população, a resposta é que nada impede que também seja vacinada.

André Peralta Santos está a substituir Graça Freitas que, entretanto, se reformou. Esta é uma substituição temporária, enquanto não são conhecidos os resultados do concurso para ocupar o lugar.

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