O ministro da Educação diz que o país vai precisar de 30 mil novos professores nos próximos sete anos. Durante o discurso que fez no VIII Encontro Internacional sobre Inovação Pedagógica, esta quarta-feira na Maia, João Costa ouviu risos da plateia.
A risada em tom de protesto foi resposta à disponibilidade do Governo que o ministro tinha acabado de mostrar para este ano letivo.
"É normal nestes tempos que assim seja (..) Temos tido sempre capacidade de diálogo", disse João Costa, numa tentativa de normalizar os protestos.
No evento na Maia, o ministro começou a intervenção a falar da falta de professores. Há dez anos que não se reformavam tantos profissionais. Até ao final do ano estima-se que se aposentem 3.500.
“Vamos precisar até 2030 de mais de 30.000 novos professores. Desde o primeiro momento que eu e o secretário de Estado assumimos a pasta, não tivemos qualquer hesitação de dizer que temos um problema para resolver, de falta de professores, um problema que não é só português, é global neste momento”.
Serenidade? Professores respondem com novas greves
Apesar da onda de protestos que se avizinha, o ministro acredita que é possível iniciar com serenidade o próximo ano letivo.
No entanto, estão marcadas greves de professores para este mês e para outubro. Agendada está também já uma manifestação no dia 22 de setembro.