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Madeira: nova lei da droga "é despenalização encapotada do tráfico"

A Madeira está contra a nova lei da droga por entender que favorece os traficantes e cria um clima de impunidade. A grande preocupação é que o consumo de drogas sintéticas no arquipélago se agrave ainda mais.

SIC Notícias

A nova lei da droga passou, mas na Madeira - uma das regiões do país onde se consome mais drogas sintéticas - o responsável pela unidade de combate aos comportamentos aditivos não se conforma e acusa a Assembleia da República e o PS de estar a favorecer os traficantes.

"Isto, no fundo, é uma despenalização encapotada do tráfico. Os traficantes de forma ardilosa vão espalhar ainda mais pelas suas redes e vamos criar um clima de impunidade", Nelson Carvalho, responsável pela Unidade de Combate aos Comportamentos Aditivos

A grande preocupação é que a nova lei, que deixa de considerar a quantidade de droga para distinguir consumidores de traficantes, agrave ainda mais a situação.

A Madeira registou 1800 internamentos por surtos psicóticos associados ao consumo de drogas sintéticas, nos últimos 13 anos. A Casa de Saúde de João de Deus, no Funchal é já uma unidade de referência de tratamentos para estas doenças. O trabalho que é feito há anos na instituição pode estar em risco com a nova lei.

Há esperança que o assunto não seja esquecido e volte ao Tribunal Constitucional através do grupo parlamentar do PSD.

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