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Ratos, baratas e retretes coletivas: moradores de bairro lisboeta denunciam falta de condições

O Papa Francisco visitou a Serafina, um dos locais mais degradados de Lisboa onde muitas famílias vivem com fracas condições de higiene e em constante contacto com pragas.

SIC Notícias

O bairro da liberdade, na Serafina, existe há mais de 50 anos e continua a ser um dos locais mais degradados de Lisboa. Os moradores queixam-se da falta de condições de higiene e de salubridade e dizem viver no meio de ratos e de dejetos.

A Rua da Capela Velha é o quarto de brincar e até a mesa de refeição de dezenas de crianças que vivem no bairro da liberdade. Os moradores revelam que convivem diariamente com ratos e "baratas horríveis".

Uma das sanitas comunitárias do bairro está tapada com uma pedra para evitar que os roedores apareçam. O mesmo acontece em buracos do esgoto.

"Temos meia dúzia de casos onde há pátio com retrete coletiva, com uma pia onde as pessoas faz as necessidades durante a noite e de manhã despeja nessa pia", conta Orlando Duarte. morador.

Tráfico de droga é outro dos problemas

A este cenário de terceiro mundo soma-se ainda o problema do tráfico de droga que se acentuou depois do desmantelamento do Casal Ventoso. Os traficantes "tiveram de ir à procura do mercado e encontraram aqui um mercado fértil".

Pouco mudou desde que o bairro nasceu no início do século XX, quando Alcântara se industrializou e os operários trouxeram para aqui as famílias. Na época construíram casas em madeira, que foram reforçadas por tijolos anos mais tarde.

Liberdade é o nome do bairro onde vivem perto de duas mil pessoas, no centro de Lisboa numa encosta de Monsanto, junto ao Aqueduto das Águas Livres.

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