O Hospital de Braga vai fechar as urgências de obstetrícia e o bloco de partos nos fins de semana de agosto por falta de médicos. No total, são 11 dias de encerramento que não estavam previstos no plano apresentado pela direção executiva, em maio.
O Sindicato Independente dos Médicos garante que também haverá constrangimentos nos dois primeiros fins de semana de setembro.
Apesar das urgências de obstetrícia e blocos de partos do Hospital de Braga fecharem portas, o ministro da Saúde diz que há outras maternidades na região para onde as grávidas se podem dirigir.
“Não estando em funcionamento no hospital de Baga, não significa que não estejam em funcionamento outras maternidades".
Famalicão, Guimarães, Porto e Viana do Castelo são algumas das soluções que Manuel Pizarro disse.
Na falta de recursos humanos, como disse o ministro da Saúde, “é preciso organizar servições para garantir qualidade e segurança às grávidas”.
Desde o momento em que foi anunciado o encerramento da maternidade do Santa Maria para obras, o Hospital de São Francisco Xavier foi a primeira opção para a transferência das grávidas e dos profissionais. Mas, a dias do encerramento da maternidade, os funcionários foram informados que vão cumprir as escalas no Hospital de São Francisco Xavier e levantam dúvidas sobre a legalidade da decisão.
O ministro da Saúde espera que o braço de ferro entre os médicos do Santa Maria e o Conselho de administração seja resolvido o quanto antes, até porque, para Manuel Pizarro, o Hospital de São Francisco Xavier reúne todas as condições.
“Acho uma decisão muito adequada. A maternidade do Hospital de São Francisco Xavier fica a cerca de oito quilómetros, [ é praticamente] ao lado da maternidade do Hospital de Santa Maria”.
Manuel Pizarro garante que estão criadas todas as condições para que tudo funcione em segurança e para além disso fala numa “grande vantagem”.
"Daqui a nove meses, vamos ter um bloco de partos renovados no Hospital de Santa Maria”.
Os trabalhadores de três hospitais da região de Lisboa marcaram para esta quinta-feira uma greve para exigir a aplicação do acordo coletivo de trabalho.
No Hospital de Loures não houve adesão, porque a administração comprometeu-se a assinar o acordo em menos de duas semanas, mas no Amadora-Sintra ainda não há um compromisso e, por isso, os trabalhadores protestaram à porta do hospital.
No entanto, o ministro de Saúde diz que o Governo está empenhado nas negociações com os sindicatos. Manuel Pizarro reúne-se com a Federação Nacional dos Médicos e o Sindicato Independente dos Médicos esta sexta-feira.
“Estou muito empenhado num diálogo construtivo com os médicos e com todas as classes profissionais da saúde”.