Uma associação criminosa pode ter aproveitado uma brecha na lei portuguesa para criar um esquema que permite a circulação de migrantes na Europa sem a devida autorização.
A megaoperação, liderada pela Polícia Judiciária, levou à detenção de seis suspeitos.
As autoridades acreditam que os elementos da rede atuavam a partir de diferentes bairros, como o Martim Moniz. Apresentavam ao SEF pedidos de autorização de residência para imigrantes, na sua grande maioria com documentos falsos.
Desta forma, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras ficava sem capacidade de responder aos candidatos, que entretanto aproveitavam para circular livremente pela Europa, com a justificação de que aguardavam por uma entrevista das autoridades portuguesas.
O Chega diz que vai avançar com um projeto de lei para exigir um visto ou um contrato de trabalho para entrar no país.
O ministro da Administração Interna considera que Portugal não está a facilitar a imigração ilegal. Defende que está a ser usado, de forma abusiva, um mecanismo de apoio a imigrantes.
Os envolvidos nos crimes são suspeitos da prática de associação criminosa, tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal e falsificação de documentos.