A enfermeira Mariana Fonseca, que, em abril de 2021, foi absolvida no caso da morte e esquartejamento de um jovem no Algarve, foi agora condenada pelo Tribunal da Relação de Évora à pena máxima: 25 anos de prisão.
A notícia foi avançada pelo Jornal de Notícias e confirmada pela SIC.
Mariana Fonseca, enfermeira, então com 24 anos, e Maria Malveiro, segurança, de 20 anos, estavam acusadas dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, acesso ilegítimo, burla informática, roubo simples e uso de veículo.
Os crimes foram cometidos em março de 2020 e a vítima era o jovem Diogo Gonçalves, de 21 anos. Mariana e Maria, que formavam um casal, queriam apoderar-se de 70 mil euros que Diogo tinha recebido de indemnização pela morte da mãe, atropelada em 2016, na zona de Albufeira.
Segundo o Ministério Público (MP), as arguidas "terão ido a casa da vítima, um engenheiro informático, situada na área de Silves, onde lhe terão dado disfarçadamente fármacos para o adormecerem e lhe terão apertado o pescoço até o matarem". Depois de terem retirado de casa do jovem vários objetos de valor, levaram-no "no seu próprio carro até casa das arguidas, situada na zona de Lagos".
No dia 21 de março, o casal desmembrou "o cadáver da vítima", guardando-o "em vários sacos de lixo", que nos dias seguintes "atiraram por uma arriba, em Sagres e esconderam na vegetação, em Tavira".
Seis dias depois, partes do corpo do jovem foram encontradas na zona do Pego do Inferno, em Tavira, e perto da Fortaleza do Beliche, em Sagres. Poucos dias, depois, a 2 de abril, a Polícia Judiciária deteve as duas mulheres.
A 27 de abril de 2021, o Tribunal de Portimão condenou Maria Malveiro à pena máxima. Meses mais tarde, a jovem acabou por suicidar-se na prisão.
Por sua vez, Mariana Fonseca foi condenada a quatro anos de prisão, com a presidente do coletivo que julgou o caso a admitir que não foi possível provar a sua participação no homicídio. Uma decisão da qual o MP recorreu e que resulta agora numa condenação a 25 anos de cadeia.