A jovem Maria Malveiro, uma das mulheres acusadas do homicídio de um homem no Algarve e condenada em abril a uma pena de 25 anos de prisão, foi encontrada morta na prisão de Tires.
O advogado de Maria Malveiro confirmou à SIC que a cliente foi encontrada morta na cela, em circunstâncias ainda por apurar.
Ao que a SIC apurou, a mãe de Maria Malveiro terá sido informada pelo estabelecimento prisional por volta das 14:00 desta quarta-feira.
A defesa aguarda agora pelo resultado da autópsia e da investigação, que estará em curso.
Em abril, o tribunal considerou que Maria Malveiro foi a autora de um crime de homicídio qualificado, pelo qual foi condenada a 23 anos de prisão; um crime em coautoria de profanação de cadáver (dois anos); um crime de furto (dois anos); dois crimes de acesso ilegítimo (20 meses, dez meses por cada um dos crimes); um crime de burla informática e de comunicações na forma continuada (dois anos); um crime de uso e furto de veículo (um ano); e um crime de detenção de arma proibida (dois anos).
O coletivo entendeu que a morte de Diogo Gonçalves, provocada por asfixia, resultou de um plano delineado pelas arguidas - Maria Malveiro e Mariana Fonseca - para se apoderarem do dinheiro que a vítima recebera de indemnização pela morte da mãe, atropelada em 2016, na zona de Albufeira.
O tribunal manifestou a convicção de que o plano das mulheres passava apenas por apoderarem-se do dinheiro e "não incluía a morte do Diogo Gonçalves".
Segundo o acórdão, a vítima sofreu "momentos de grande sofrimento e dor" antes de morrer, pois tinha plena consciência do que estava a acontecer, "durante o lapso de tempo em que lhe foi aplicado o golpe 'mata leão', estrangulado e asfixiado por duas vezes".
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