Os trabalhadores e utentes do Hospital de Santa Maria fizeram, esta quinta-feira de manhã, um cordão humano à entrada da unidade de saúde. Estão contra o encerramento da maternidade durante o verão e a favor do fim do envio de grávidas para hospitais particulares.
A ação visa também contestar a exoneração do diretor de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina da Reprodução, Diogo Ayres de Campos, que diz ter sido afastado por razões políticas, uma tese já negada pelo ministro da Saúde.
Os organizadores do cordão solidário consideram que "todo o processo foi uma confusão que envolveu o despedimento de chefias por delito de opinião, em que os profissionais nunca foram ouvidos, mesmo quando apresentaram soluções alternativas ao encerramento".
Lembram que, desde cedo, os profissionais da maternidade manifestaram preocupação com a transferência do serviço para o Hospital São Francisco Xavier, uma vez que isso implicaria uma redução da capacidade assistencial e consideram "uma irresponsabilidade" o encerramento programado da maternidade de Santa Maria nos meses de verão, "quando a falta de profissionais de Obstetrícia se acentua".
A direção executiva do SNS anunciou em maio que o bloco de partos do hospital de Santa Maria vai fechar para obras a partir de 01 de agosto e até setembro, ficando os serviços concentrados no Hospital S. Francisco Xavier (Centro Hospitalar Lisboa Ocidental), medida que motivou críticas do então diretor do serviço, Diogo Ayres de Campos, que foi posteriormente exonerado.