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Caos nas cadeias: guardas prisionais ameaçam com escusa de responsabilidade

Nas 49 prisões do país deviam estar mais de 520 chefes. No mais recente relatório da Provedoria da Justiça avisa que das 49 cadeias do país, 33 estão sobrelotadas. 

SIC Notícias

Os chefes dos Guardas Prisionais desafiam todos os profissionais a apresentarem declarações de escusa de responsabilidades e avisam que muitos guardas estão em sério risco de esgotamento devido à falta de condições para o exercício da função.

Nas 49 prisões do país deviam estar mais de 520 chefes, de acordo com o quadro orgânico, o problema é que só há menos de metade e quase 40 estão de baixa.

"O absentismo está em níveis que nunca vimos. Já temos estabelecimentos a funcionar com convocatória de guardas de folga, isto é impensável. As pessoas estão a trabalhar num ambiente horrível", explica Hermínio Barradas, presidente da Associação Sindicatos do Corpo de chefias de Guardas Prisionais.

O último curso de chefes foi há 18 anos e o sindicato avisa que o esgotamento físico e psicológico já atingiu muitos profissionais. Cansado de esperar por mudanças, o sindicato das chefias lançou um desafio: apelou a todos os profissionais para que apresentem uma declaração de escusa de responsabilidade.

O sindicato alega "inércia do Governo" e a degradação das condições para trabalhar, que coloca em causa a própria segurança dos guardas.

“Se isto não surtir efeito temos muita ferramenta à disposição”, referiu.

A direção-geral das prisões foi contactada pela SIC e não quis comentar, referiu apenas que tem confiança que a ordem e a disciplina vão manter-se preservadas.

O mais recente relatório da Provedoria da Justiça avisa que das 49 cadeias do país, 33 estão sobrelotadas.

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