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Reformados e pensionistas na rua em protesto por vasta lista de exigências

Centenas de reformados, pensionistas e idosos saíram à rua, em várias cidades do país, por uma vida mais digna. Reivindicam uma série de ações por parte do Governo, que este mês paga o aumento intercalar das pensões.

SIC Notícias

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Reformados, pensionistas e idosos deram voz, esta quinta-feira, em 23 cidades do país, às reivindicações que lhes vão na alma para que possam ter uma vida mais digna. E há uma lista de queixas. À cabeça, travar o custo de vida, com medidas como o prolongamento para além de outubro do IVA 0% no cabaz de alimentos, bem como a criação de um cabaz de bens essenciais com preços mais acessíveis.

“Este valor não acompanha o aumento do custo de vida. Os produtos alimentares cada vez estão mais caros, e os medicamentos a mesma coisa”, desabafa uma idoso. “As pessoas não têm de comer”, acrescenta outro reformado.

“A gente vai fazer um exame e, neste momento, dizem que não têm acordo com a Segurança Social, então o que acontece temos que ir a outro lado ou pagar do nosso bolso, isto é uma realidade nova”, refere outro pensionista.

Esta é uma “nova” realidade a juntar a tantas outras que dificultam a vida a quem está reformado. Daí ser pedido nesta ação de protesto, por exemplo, a gratuitidade de medicamentos para doenças crónicas, o investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para assegurar a igualdade de acesso de todos aos serviços de saúde e, ainda, um sonho com muitos anos, a criação de uma rede pública de equipamentos sociais de apoio aos idosos.

Na mira dos protestos está igualmente, o aumento intercalar deste mês.

“Este mês vão-nos pagar aquilo que andamos a solicitar (…) que são os 4% que faltavam da lei que cobria o nosso aumento de reformas. O que queremos é que não se esqueçam de que janeiro a junho é também altura para recebermos essa verba, para além do subsídio de férias, que recebemos sempre em junho, deve ser o dobro da reforma normal e não vai ser, vai ser a de junho, ainda sem aumento”, destaca Isabel Gomes, presidente do MURPI.

O Governo diz que no subsídio de natal serão feitos os acertos. A ideia é que no final deste ano, os pensionistas recebam exatamente o mesmo que teriam embolsado se o Governo não tivesse congelado, no ano passado, as regras de atualização das pensões.

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