Um estudo, conduzido pelo Instituto Doutor Ricardo Jorge, avaliou os hábitos alimentares de 6.205 crianças em todo o País e concluiu que é nos Açores que a situação é mais grave. Pelo menos 43% das crianças açorianas tem excesso de peso. A nível nacional, uma em cada três pesa mais do que devia.
Estes dados dizem assim respeito a mais de30% da população entre os seis e os oito anos, num valor que aumentou no ano passado, revertendo a tendência de descida da última década. Por oposição, a região do Algarve é a que regista uma menor taxa de obesidade.
Em relação à alimentação dos recém-nascidos, os Açores continuam a ser a região com menor taxa de aleitamento materno, que ronda os 73%. No resto do País, a taxa de amamentação chega aos 90 por cento. E é no Algarve que mais bebés são amamentados. Vários estudos indicam mesmo que o aleitamento materno reduz o risco de obesidade infantil.
A Ordem dos Nutricionistas considera preocupantes os dados sobre excesso de peso das crianças portuguesa, apontando a pandemia e a subida da taxa de inflação como fatores que terão piorado a alimentação dos mais novos, comprometendo a correta nutrição das crianças.