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"Ligue antes, salve vidas": SNS lança projeto piloto para aliviar pressão nas Urgências

Para aliviar os hospitais centrais, a direção executiva do SNS quer impedir o acesso livre às urgências. A ideia é que os doentes menos graves passem a ser obrigados a ir aos centros de saúde.

SIC Notícias

O SNS vai lançar projeto piloto que pretende impedir o acesso livre às urgências. O projeto está a ser testado na Póvoa de Varzim e em Vila do Conde, mas a ambição é chegar a todo o país para aliviar pressão dos serviços de urgência.

Levar utentes a usar a linha SNS 24 é o primeiro passo do projeto: Ligue antes, salve vidas. Ao marcar o 808 24 24 24, o utente tem consulta garantida antes de sair de casa.

“Nós marcamos a hora e a data da consulta. O que acontecia no passado é que as pessoas eram aconselhadas a ir ao centro de saúde e depois tentar marcar consulta de alguma forma. Aqui, não”, diz Fernando Araújo, diretor executivo do SNS.

Se um doente menos grave for diretamente é urgência do hospital e na triagem receber uma pulseira verde ou azul passa a ser obrigado a deslocar-se ao centro de saúde.

Para já, o projeto piloto avança na Póvoa de Varzim e Vila do Conde, onde praticamente todos os utentes têm médicos de família e o hospital tem quase 50% de falsas urgências.

"O objetivo é retirar doentes do serviço de urgência, doentes que não precisam de lá estar. dando espaço e condições para dar uma melhor resposta ao doente agudo”, refere.

Nas 14 unidades de saúde familiar da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, há agora mais de 750 vagas por semana para as situações em que as consultas são marcadas através da linha SNS 24 e o objetivo é chegar a todo o país.

O diretor executivo do SNS, Fernando Araújo assume que nas regiões onde há falta de médico de família vai ser necessário fazer ajustes.

“Não podemos estar sempre a criticar que não há. Temos de ter consciência que a saúde é algo complexo e que as medidas têm de ser tomadas com robustez, de forma a que depois tenha sucesso e resposta”, explica o diretor executivo.

Os médicos de família passam também a poder marcar uma consulta prioritária no hospital para algumas especialidades. Dentro de 4 semanas o projeto será avaliado e o objetivo é alargar em junho a outros hospitais.

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