Na semana em que se assinalou o Dia Mundial da Internet, e num momento em que são quase diários os alertas de entidades e empresas sobre várias práticas fraudulentas, a DECO Proteste partilha uma lista de dicas e explica como funciona uma ferramenta gratuita e que ajuda a prevenir fraudes.
Com frequência, a associação de defesa do consumidor partilha alertas com os consumidores sobre “várias práticas fraudulentas que circulam no mundo digital”.
Isso mesmo começaram a fazer também serviços do Estado, bancos, empresas prestadoras de serviços, seguradoras, hipermercados, grandes marcas, que nas respetivas páginas de internet e sites criaram secções especificas sobre práticas ilegais que circulam, através de emails e/ou SMS, usando de forma fraudulenta o seu nome. Até as polícias, como a Judiciária, são alvo deste tipo de fraude.
A adoção de determinados comportamentos na Internet, que “minimizem o risco de extravio de dados pessoais”, é importante e deve ter estas dez dicas em conta:
- Não abra anexos de mensagens não solicitadas, mesmo que, aparentemente, tenham sido enviadas por conhecidos;
- Não aceda a sites bancários através de links recebidos por e-mails ou newsletters;
- Não envie códigos de acesso ou do cartão-matriz por e-mail;
- Não envie dinheiro a anunciantes;
- Altere as palavras-passe que tenham sido utilizadas para aceder a sites recentemente atacados;
- Evite usar a mesma palavra-passe para todas as contas;
- Altere as palavras-passe com frequência;
- Não partilhe dados privados nas redes sociais;
- Não envie cópias do cartão de cidadão pela internet;
- Confirme se um site é legítimo e seguro antes de registar os seus dados pessoais.
Além desta lista de conselhos, a DECO Protesto partilhou, esta semana, uma ferramenta que pode ajudá-lo a perceber se o site ou página que está a visitar é seguro. O nome é fácil de memorizar: "Este site é seguro?”.
Esta ferramenta, explica a associação em comunicado, foi “desenvolvida em parceria com a Scam Adviser” e para utilizá-la “basta inserir o URL do site em que pretende navegar”, e logo de imediato saberá se “a página tem phishing - captura de informação através de e-mail -, malware, vírus e outras ameaças digitais”.
A ciberameaça mais frequente em Portugal
O phishing tem sido, nos últimos anos, a ciberameaça mais frequente em Portugal, de acordo com o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS).
Só em 2022, o Ministério Público recebeu 358 denúncias de phishing. As “fraudes com MB Way são já a segunda ciberameaça mais frequente em Portugal, com 84 denúncias registadas no ano passado, e os ataques informáticos, que motivaram 81 participações ao Ministério Público, a terceira”.
Os bancos são responsáveis pelos casos em que fica provada a ocorrência de falhas ou mau funcionamento do sistema. Nesse caso, "as vítimas têm de ser reembolsadas. Mas se o banco provar que o consumidor teve um comportamento negligente - por exemplo, através do fornecimento de códigos do cartão-matriz em sites terceiros-, não há lugar a reembolso".