As propostas de alteração à lei do tabaco estão a lançar muitas dúvidas, sobretudo entre os comerciantes. Restaurantes, cafés e bares vão deixar de poder vender cigarros, perdendo assim parte das receitas. O Governo assegura que as novas medidas vão ao encontro das normas europeias para o setor.
Os proprietários de cafés e bares asseguram que ao final do mês a diferença nas receitas vai ser significativa devido às alterações à lei do tabaco.
As restrições de consumo ao tabaco vão criar novos hábitos, mas para já ninguém arrisca saber se terão o efeito desejado pelo Governo, que é uma geração livre de fumo em 2040.
A proibição de venda em alguns dos locais habituais, o impedimento de fumar em esplanadas cobertas ou junto a edifícios público são algumas das medidas chave das alterações propostas à lei do tabaco já aprovadas pelo Conselho de Ministros.
De acordo com o Governo, estas normas vão de encontro às indicações da UE e não são um ataque à liberdade dos fumadores.
A secretária de Estado da promoção da Saúde, Margarida Tavares, garante que a nova lei do tabaco não impede ninguém de fumar, "nem de ter acesso ao tabaco".
A nova lei do tabaco tem merecido críticas de vários quadrantes da sociedade, mas o Ministério da Saúde deixa margem para a introdução de novas restrições em revisões futuras. Em causa está o que diz ser um combate ao que dizem ser um problema de saúde pública.