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Médico detido por suspeitas de violação em consultas em hospital do Norte

Após primeiro interrogatório judicial, foram aplicadas as medidas de coação de suspensão de funções em qualquer estabelecimento de saúde público ou privado e proibição de contactos com as vítimas e testemunhas do inquérito. Confrontado com este caso, o ministro da Saúde elogiou apenas o facto de que comprova que as instituições estão a funcionar.

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SIC Notícias

Lusa

A Polícia Judiciária deteve um ortopedista, de 60 anos, suspeito da prática de crimes de violação e coação sexual, ocorridos desde 2022, em contexto de consulta médica no Hospital Padre Américo, em Penafiel.

Questionado pela Lusa, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, do qual o Hospital Padre Américo (no distrito do Porto) faz parte, respondeu estar "desde o início, a colaborar com as autoridades, a quem está entregue o caso, não tendo por isso mais declarações a fazer". Segundo fonte judicial, a investigação decorre no Departamento de Investigação e Ação Penal da Comarca do Porto Este - Penafiel.

Em comunicado, a Diretoria do Norte da PJ esclarece que "o arguido, médico de profissão, no âmbito das suas funções de consulta em ambulatório em estabelecimento hospitalar público, com o pretexto de melhor efetuar o diagnóstico médico, terá sujeitado as vítimas à prática de atos sexuais abusivos".

Segundo a PJ, "as vítimas, embora constrangidas, submetiam-se às referidas práticas, dada a situação de dependência em que se encontravam, bem como pela ignorância face aos alegados atos médicos em curso".

O detido, sem antecedentes criminais, já foi presente a primeiro interrogatório judicial e foram-lhe aplicadas as medidas de coação de suspensão de funções em qualquer estabelecimento de saúde público ou privado e proibição de contactos com as vítimas e testemunhas do inquérito.

No briefing do Conselho de Ministros, onde esteve presente o ministro da Saúde, Manuel Pizarro foi questionado sobre este caso que, garantiu, não conhecia. “Não tenho informação nenhum, [mas] verificou-se que as instituições estão a funcionar, o que é um motivo de satisfação”, disse apenas.

[Notícia atualizada às 16:25]

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