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"Vergonha alheia" e "cenas patéticas": partidos de esquerda e de direita reprovam protesto do Chega

Unanimidade na crítica. Todos os partidos reprovaram a postura do Chega durante a sessão de boas-vindas ao Presidente brasileiro, Lula da Silva. As palavras dirigidas ao partido de André Ventura foram duras.

SIC Notícias

Do Bloco de Esquerda à Iniciativa Liberal, somaram-se as críticas ao protesto do Chega contra a ida de Lula da Silva ao Parlamento. O partido de André Ventura levantou cartazes onde se liam expressões como “Lugar de ladrão é na prisão”, uma atitude que mereceu a repreensão do Presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

A coordenadora do BE defendeu esta terça-feira que "cenas patéticas no Parlamento" como o protesto do Chega "são absolutamente subalternizadas" pela "força gigantesca popular" de quem comemora a democracia no tradicional desfile do 25 de Abril da Avenida da Liberdade.

Já o primeiro-ministro referiu que o protesto do Chega foi irrelevante e o momento menor da cerimónia de boas-vindas a Presidente do Brasil. António Costa sublinha que o partido de André Ventura não respeitou as instituições e não se soube comportar "civilizadamente à mesa da democracia".

Por sua vez, o deputado único do Livre afirmou que o Chega teria "dado provas da mesma falta de cortesia" se a sessão de boas-vindas ao Presidente do Brasil, Lula da Silva, não se tivesse realizado no 25 de Abril. O secretário-geral do PCP foi perentório e disse que o protesto lhe despertava “vergonha alheia”.

Luís Montenegro aproveitou para se distanciar do Chega. O líder do PSD afirmou:

"Nós vamos respeitar os valores do PSD, não vamos alinhar com políticos ou políticas que tenham na ação política a xenofobia, o racismo, o oportunismo ou a demagogia desmesurada", disse, repetindo igualmente que consigo como primeiro-ministro o PSD não será apoiado por "políticos e políticas que demonstrem imaturidade e irresponsabilidade".

Apesar de também estar contra a ida de Lula da Silva ao hemiciclo, a Iniciativa Liberal condenou quem aproveita o populismo. A líder do PAN, Inês Sousa Real considerou uma ofensa a “representante de um país irmão”.

As comemorações do 25 de Abril ficam marcadas pelos protestos do Chega contra a ida do Presidente brasileiro, Lula da Silva, ao Parlamento. Para além do ‘barulho’ dentro da Assembleia da República, centenas de apoiantes do Chega manifestaram-se no exterior.

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